sábado, 27 de março de 2010

Mitos e Lendas - Tudo Verdade...

Em março de 1928, Fred Gaisberg o famoso diretor artístico da Gramophone Company (HMV), convenceu Rubinstein a fazer um teste de algumas gravações. Nenhuma seria liberada sem a permissão do pianista. Aquelas que não tivessem a aprovação de Rubinstein seriam destruídas.
Rubinstein tinha sérias dúvidas sobre a gravação, porque ele tinha ouvido as gravações de piano que foram feitas usando o processo acústico e achou que o som do piano soava como um banjo. (Talvez Rubinstein estivesse falando por experiência pessoal. Em 1910, ele havia gravado duas seleções para o Farorit, rótulo polonês. Esta gravação é extremamente rara e nunca foi reeditada. Existe uma fita).
Gaisberg lhe disse que o novo sistema elétrico capturava o som do piano fielmente.
Ao chegar ao estúdio, Rubinstein ficou perturbado ao descobrir que um dos pianos que ele estava testando, um Blüthner, tinha um belíssimo som e não era um grande piano de concerto. Gaisberg encorajou-o a tentar. Rubinstein, escreve: "Bem, esse Blüthner tinha o som cantado mais bonito que eu já encontrei. Fiquei bastante entusiasmado e decidi tocar a minha amada Barcarola de Chopin. O piano me inspirou.. Acho que nunca toquei tão bem na minha vida. E então aconteceu o milagre, eles tocaram minha gravação de volta  e eu devo confessar que tinha lágrimas nos meus olhos enquanto a ouvia. Foi o desempenho que eu sonhei e o som reproduzia fielmente o som dourado do piano. Gaisberg ganhou! "
Rubinstein passou a gravar diversas composições de outros compositores, mas por alguma razão a Barcarolle da sessão de Março não foi lançada. Das composições que ele gravou naquele dia, apenas a Valsa de Chopin  Op 34 No.1 (gravado em um  Steinway tamanho concerto, que também estava no estúdio), e o Capriccio B minor Op.76 No. 2, de Brahms, foram liberados .
No mês seguinte, Rubinstein voltou ao Small Queens Hall, Studio C em Londres, para regravar a Barcarola de Chopin no Blüthner que tanto o inspirou. É essa gravação que eu coloquei aqui. (Anos atrás, eu estava experimentando alguns pianos um dos quais era um Blüthner. Ele também tinha um som lindo.)


Em sua biografia "Rubinstein, uma vida", Harvey Sachs escreve que esta gravação da Barcarolle é "surpreendente em sua mistura de intimidade silenciosa, esplendor, melodia, erotismo, deslumbrante montagem e explosões de alegria. A gravação de 1962, apesar de bonita, está aquém dessa ".
Harris Goldsmith, musicólogo, crítico, pianista, escritor e discípulo de Artur Schnabel, discorda: " Muitos rubatos, demasiado auto-indulgente, muitas imprecisões textuais, tudo demais, demais..."
Fonte: Beckmesser2, YouTube
 
Devo acrescentar a minha particular admiração pelos pianos Blüthner. No final dos anos 60, participei de um concurso de piano, ainda mocinha, e fiquei emocionada com as notas agudas que eu tocava num desses pianos. A música cantava como eu jamais escutara. Foi uma experiência inesquecível.
Nádya

Arthur Rubinstein - Chopin Barcarolle, Op 60 - Gravação Histórica -1928

Martha Argerich - CHOPIN Barcarola in FA#M Op 60

Nelson Freire plays Chopin Barcarolle Op.60

Mikhayl Pletnev plays Chopin Barcarolle Op.60

Arthur Rubinstein - Chopin - Barcarolle Fis-Dur, Op.60

quinta-feira, 18 de março de 2010

Zimerman plays Chopin Barcarolle Op. 60

Zimerman plays Chopin Fantasie Op. 49 Part 1

Zimerman plays Chopin Fantasie Op. 49 Part 2

segunda-feira, 15 de março de 2010

BICENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE CHOPIN






Frederic Chopin


01/03/1810, Zelazowa Wola, Polônia
17/10/1849, Paris, França


Frederic Chopin era filho do professor francês Nicolas Chopin, que dava aulas de francês e literatura francesa, e da pianista polonesa Justina Krazizanovska. Dez meses após o seu nascimento, a família foi morar em Varsóvia, onde transitava entre os nobres e a burguesia.

Chopin teve uma infância culta. Aos seis anos passou a ter um professor de piano, Adalbert Zwini, que lhe apresentou as obras de Bach e Mozart.

Seu primeiro concerto público ocorreu quando ele tinha oito anos. Na mesma época viu publicada sua primeira obra, uma polonaise. Prosseguiu conciliando seus estudos no Liceu de Varsóvia com as aulas de piano.

Em 1825, apresentou-se para o czar Alexandre I. No ano seguinte ingressou no Conservatório de Varsóvia, onde iniciou seus estudos com o compositor Joseph Elsner.


Em 1830, dias antes de eclodir a Revolução Polonesa contra a ocupação russa, Chopin resolveu deixar Varsóvia e partir para Viena, que vivia sob o regime autoritário de Metternich. Em julho do ano seguinte, Chopin seguiu para Paris, onde logo integrou-se à elite local, passando a ser requisitado como concertista e como professor. Nessa época conheceu músicos consagrados, como Rossini e Cherubini, e outros de sua geração, como Mendelssohn, Berlioz, Franz Lizst e Schumann.

Em uma de suas viagens pela Europa, em 1835, reencontrou Maria Wodzinska, que conhecera ainda criança em Varsóvia. Chopin apaixonou-se, mas, apresentando já os primeiros sinais de tuberculose, acabou rompendo o noivado por pressão da família de Maria.


Em 1838 Chopin uniu-se à controvertida escritora Aurore Dupin, que usava o pseudônimo masculino de George Sand. O casal resolveu passar um tempo em Maiorca, mas o clima úmido da ilha piorou o estado de saúde do compositor. Em 1839, os dois voltaram para a França e em 1847 romperam definitivamente o relacionamento.

No dia 17 de outubro de 1849, Frederic Chopin faleceu, aos 39 anos. Foi sepultado no cemitério de Père Lachaise, em Paris. Seu coração foi colocado
dentro de um dos pilares da igreja de Santa Cruz, em Varsóvia, conforme o seu pedido.

Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de apenas algumas peças. Várias de suas obras têm influência do folclore polonês, como é o caso das mazurcas e das polonaises.

Martha Argerich - Chopin - Concerto para Piano No.1 - P.1

Martha Argerich - Chopin - Concerto para Piano No.1 - P.2

Martha Argerich - Chopin - Concerto para Piano No.1 - P.3

Martha Argerich - Chopin - Concerto para Piano No.1, P.4

sexta-feira, 12 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010