Continuando nossa comparação entre os grandes pianistas diante de uma mesma peça, para que possamos ter uma idéia mais profunda da personalidade e temperamento de cada um deles, apresentamos o terceiro Movimento da Apassionata de Beethoven, interpretada pelos maiores pianistas do seculo passado.
Alguns deles, como Barenboim e Brendel, continuam se apresentando assiduamente. Van Cliburn retirou-se do palco há muitos anos e os outros infelizmente já faleceram.
Um segredinho:
" GILELS CONTINUA SENDO O MEU FAVORITO!"
Você colocou apenas os maiores do mundo tocando a Apassionata.
ResponderExcluirTodas as versões são ótimas.
Eu tenho uma teoria pessoal.
Algumas peças são obras primas, são tão bonitas que superam as
próprias interpretações que fazem delas.
Mesmo eu tocando esta sonata de forma infinitamente abaixo deles,
ela fica bonita. Ela é maior que qualquer qualquer interpretação que
um humano possa realizar.
Mas,
O primeiro premio vai certamente para Gilels. Tudo perfeito. Consegue o equilíbrio entre a energia e a emoção como nenhum outro.
O segundo premio vai para Rubinstein. Gravação surpreendente. Com quase 80 anos toca com a vitalidade de um garoto e com todas as sutilezas e fraseados de sua enorme
experiência.
Todos os outros são ótimos mas para comentar algo de cada um,
Cliburn: rápido demais sem explorar o som. Técnica perfeita.
Goulda: som ruim, não pude perceber as qualidades. Toca também muito rápido.
Brendel: versão burocrática da sonata. Tudo certo mas sem muita emoção.
Richter: o urso das estepes. Pura energia. Talvez Beethoven lhe daria o primeiro premio.
Arrau: o pianista mais normal. A interpretação mais intima. Ele toca como nós desejaríamos tocar.
Horowitz: A digitação mais clara, tudo explicadinho mas perdeu em emoção para os dois primeiros.
Grande E.Wagner!
ResponderExcluirAvaliação perfeita na minha opiniao.
Beijo
Nádya.